Independentemente dos discursos dos nossos gestores, o contexto empresarial, a pressão dos acionistas, da sociedade, dos financiadores, dos comentadores políticos e económicos e, porque não assumi-lo, de alguns trabalhadores cuja remuneração está indexada aos resultados anuais, a gestão da generalidade das organizações está inequivocamente orientada para a concretização de resultados no curto prazo, reconhecendo-se que, cada vez com maior frequência, tal induz decisões que penalizam a sustentabilidade da organização e a sua capacidade de sobreviver, num mercado cada vez mais assassino dos mais frágeis, em particular quando a fragilidade decorre de inadmissíveis erros de gestão.
Reconhecemos que o compromisso entre as duas opções, sendo a primeira obter bons resultados no curto prazo, penalizando os de médio prazo e a segunda conciliar resultados menos bons no curto prazo em favor de uma sustentabilidade nos resultados de médio prazo, exige um equilíbrio de fatores, às vezes contraditórios, inconciliáveis e com uma evolução nem sempre previsível, para não referir os efeitos dos interesses instalados, às vezes informais e invisíveis, mas poderosos na sua influência.
O papel dos Gestores é, inquestionavelmente, cada vez mais exigente, reconhecendo-se que algumas das suas decisões têm efeitos, frequentemente, a médio prazo, às vezes quando os Gestores que as tomaram já não assumem funções na organização.
Neste contexto os gestores devem:
Esta visão da gestão é urgente, devendo constituir um propósito para todos os gestores, cujo exemplo é fundamental para toda a sua organização.
Júlio Faceira Guedes, Administrador da
XZ Consultores, SA