A Visão da XZ Consultores para 2015

As expectativas da generalidade da população portuguesa para 2015 são um misto de confiança e apreensão.  Confiança, após um longo, sombrio e doloroso período de austeridade, mas apreensão não só porque, em termos internos, vamos entrar num ano fortemente influenciado pelas imprevisíveis lutas políticas que teremos, que poderão perturbar as necessárias políticas de equilíbrio orçamental e controlo do défice, mas também porque internacionalmente o terrorismo ganha uma dimensão até há pouco inimaginável, a incerteza associada á evolução da situação geoestratégica que envolve a Rússia, a instabilidade potencialmente provocada pela previsível deflação europeia e a, já inegável, estagnação da zona euro.  Contudo, as exportações continuam a crescer, já mais de 25% deste 2010, se bem que as importações recomeçaram em 2013 o seu galopante crescimento.  O investimento externo, que continua a cair dramaticamente, totalizando mais de 25% desde 2010, influencia a insuficiente criação de emprego e consequentemente de riqueza.  É interessante analisar o significativo crescimento da taxa de poupança dos portugueses, mesmo num contexto de sistemática degradação dos seus rendimentos, o que constitui uma evidência da maior consciencialização dos portugueses para a necessidade de prepararem as suas reformas, controlando os seus atuais consumos.  Face á previsível redução do custo do petróleo e ao crescimento do PIB nacional, que, espera-se, atinja os 2,5%, somos moderadamente otimistas e como tal esperamos uma diminuição do desemprego, mesmo mantendo-se a um nível insustentável na ordem dos 13%, um aumento do consumo e um ligeiro aumento do rendimento dos portugueses, consequência, em particular, da reforma do IRS.  Relativamente às empresas, esperamos que otimizem os Fundos Estruturais disponíveis no Portugal 2020, melhorem a sua produtividade e a sua capacidade inovadora, reforcem a sua resiliência e a internacionalização dos seus negócios, valorizem os seus fatores críticos e aumentem a sua robustez financeira.  2015 será, previsivelmente, um ano de consolidação, de crescimento e de viragem da economia nacional, mas, o mais importante, é sermos felizes.   Júlio Faceira Guedes, Administrador da XZ Consultores, SA

As expectativas da generalidade da população portuguesa para 2015 são um misto de confiança e apreensão.

Confiança, após um longo, sombrio e doloroso período de austeridade, mas apreensão não só porque, em termos internos, vamos entrar num ano fortemente influenciado pelas imprevisíveis lutas políticas que teremos, que poderão perturbar as necessárias políticas de equilíbrio orçamental e controlo do défice, mas também porque internacionalmente o terrorismo ganha uma dimensão até há pouco inimaginável, a incerteza associada á evolução da situação geoestratégica que envolve a Rússia, a instabilidade potencialmente provocada pela previsível deflação europeia e a, já inegável, estagnação da zona euro.

Contudo, as exportações continuam a crescer, já mais de 25% deste 2010, se bem que as importações recomeçaram em 2013 o seu galopante crescimento.

O investimento externo, que continua a cair dramaticamente, totalizando mais de 25% desde 2010, influencia a insuficiente criação de emprego e consequentemente de riqueza.

É interessante analisar o significativo crescimento da taxa de poupança dos portugueses, mesmo num contexto de sistemática degradação dos seus rendimentos, o que constitui uma evidência da maior consciencialização dos portugueses para a necessidade de prepararem as suas reformas, controlando os seus atuais consumos.

Face á previsível redução do custo do petróleo e ao crescimento do PIB nacional, que, espera-se, atinja os 2,5%, somos moderadamente otimistas e como tal esperamos uma diminuição do desemprego, mesmo mantendo-se a um nível insustentável na ordem dos 13%, um aumento do consumo e um ligeiro aumento do rendimento dos portugueses, consequência, em particular, da reforma do IRS.

Relativamente às empresas, esperamos que otimizem os Fundos Estruturais disponíveis no Portugal 2020, melhorem a sua produtividade e a sua capacidade inovadora, reforcem a sua resiliência e a internacionalização dos seus negócios, valorizem os seus fatores críticos e aumentem a sua robustez financeira.

2015 será, previsivelmente, um ano de consolidação, de crescimento e de viragem da economia nacional, mas, o mais importante, é sermos felizes.


Júlio Faceira Guedes, Administrador da
XZ Consultores, SA

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